A interação medicamentosa ocorre pela interferência de um medicamento, alimento, ou droga (álcool, cigarro e drogas ilícitas) na absorção, ação ou eliminação de outro medicamento.

Muitas vezes essas interações podem ser nocivas, provocando intoxicação, intensificando os efeitos colaterais de um fármaco ou, simplesmente, anulando seus efeitos terapêuticos.   

Por esse motivo, é importante informar ao profissional de saúde ou médico assistente se já utiliza algum outro medicamento. Dessa forma, ele poderá receitar um fármaco que não interfira nos efeitos do tratamento.

Neste post, vamos falar sobre os tipos de interação medicamentosa, bem como seus riscos e maneiras de evitá-las.

Como ocorre a interação medicamentosa?

Como já foi dito, a interação medicamentosa se dá através da capacidade que um medicamento possui de interferir no efeito de outro, seja inibindo ou diminuindo o resultado esperado. Em alguns casos, essa interação pode até aumentar o efeito do fármaco, provocando graves consequências.

Para saber quais medicamentos interagem entre si, o profissional de saúde precisa ter um vasto conhecimento científico ou contar com o auxílio de ferramentas especializadas.

No entanto, o mais  importante é que o paciente comunique sempre ao médico todos os produtos que esteja utilizando, ainda que se trate de uma substância homeopática, fitoterápica ou apenas um suplemento nutricional. 

O profissional de saúde precisa estar ciente de tudo para realizar o tratamento da forma mais adequada a individualidade de cada um.

Riscos da interação medicamentosa à saúde

A interação medicamentosa pode ser perigosa porque pode favorecer o aumento da toxicidade de um fármaco ou a ineficácia do mesmo.

Por exemplo, os pacientes que fazem uso de varfarina podem ter sangramentos se começarem a usar, concomitantemente, algum antiinflamatório não-esteróide (AINE) sem reduzir a dose do anticoagulante. 

Em outros casos, quando a interação medicamentosa reduz a eficácia de um fármaco, também podem haver problemas à saúde do paciente. A tetraciclina, por exemplo, sofre quelação por antiácidos e alimentos derivados do leite, sendo eliminada nas fezes, sem produzir o efeito desejado.

Há ainda outro problema! Frequentemente, pessoas que se automedicam fazem uso de medicamentos combinados sem saber que tal efeito pode estar ocorrendo.

Há, ainda, os casos em que a interação ocorre com alimentos e hábitos de vida, como o tabagismo, consumo exagerado de café ou de álcool, entre outros.

Tipos de interação medicamentosa

Como já dissemos, existem várias formas de interação medicamentosa e cada uma delas pode gerar um efeito diferente. As interações mais comuns são as chamadas “droga-droga”, quando um fármaco interfere no resultado de outro.

Interação de medicamento com medicamento

As interações entre medicamentos podem envolver fármacos vendidos sob prescrição médica ou de venda livre (sem prescrição). É um tipo de interação que ocorre entre dois ou mais medicamentos. 

Nesses casos, entre as interações possíveis estão:

  • a duplicação: quando os medicamentos possuem o mesmo princípio ativo, os efeitos colaterais podem ser intensificados;
  • a oposição (antagonismo): quando medicamentos com ações opostas interagem e reduzem a eficácia de um ou de ambos;
  • a alteração da forma como o organismo absorve, distribui, metaboliza ou excreta outro medicamento. 

Medicamentos com alimentos

Alguns alimentos podem reduzir a taxa de absorção dos medicamentos, enquanto outros são capazes de aumentar essa absorção ou mesmo diminuir seu  efeito irritante sobre o estômago.

Por isso, em certos casos, é recomendada a administração do fármaco juntamente com algum alimento específico.

Medicamentos com drogas 

Tanto bebidas alcoólicas, quanto cigarro e drogas ilícitas influenciam nos efeitos dos medicamentos. 

Quando associamos o álcool ao uso de anti-inflamatórios, por exemplo, o fármaco pode ser eliminado mais rapidamente do organismo, o que diminui seu efeito. Além disso, ainda pode gerar sobrecarga no fígado, risco de sangramento e úlcera gástrica.

Da mesma forma, a mistura de antibióticos com a bebida alcoólica pode gerar acúmulo do medicamento no organismo, causando vômitos, palpitação, hipotensão, cefaléia,  dificuldades para respirar e até a morte.

Interações benéficas

Há, ainda, algumas interações que são benéficas ao organismo.

Muitos médicos promovem, deliberadamente, a associação de duas ou mais substâncias com o intuito de, por meio das interações, otimizar o tratamento ou atenuar os possíveis efeitos nocivos. 

Um exemplo muito comum de interação benéfica é a prescrição de um anti-hipertensivo juntamente com um diurético.  

Como evitar a interação medicamentosa?  

Para evitar a interação medicamentosa, antes de mais nada, é preciso ter conhecimento sobre os riscos de cada medicamento e se ele pode interferir no efeito de outros. 

É claro que é impossível saber sobre todas as possíveis interações. E é por isso que existem ferramentas que auxiliam nesse processo.

Com as soluções IW, por exemplo, a dispensação de medicamentos é 100% automatizada e indica, no dashboard de cada paciente, quais medicamentos podem sofrer interações. 

Todo esse acompanhamento é feito através do nosso aplicativo, o IW Mobile, que se transforma em uma central de monitoramento do plano de cuidados na palma da mão.

Além disso, ao integrarmos a prescrição do residente ao módulo de farmácia, trazemos autonomia para a empresa de saúde planejar e notificar a necessidade de fornecimento de medicamentos, materiais e dietas, agilizando os processos de dispensação e reduzindo os custos.

Com as soluções IW, a segurança dos pacientes/residentes está garantida. Converse com nossos especialistas através do Whatsapp.